Os
primeiros monumentos de língua latina, como vimos, foram os
“Anais”, textos de leis, cânticos, cantos satíricos ou
licenciosos (contos fesceninos).
A
literatura, porém só vai se desenvolver propriamente dita, sob a
influência do gênio grego.
Lívio
Andrônico e Ênio traduzem no século III a.C., para o latim as peças
e as epopéias gregas.
As
primeiras obras-primas são as comédias de Plauto e Terêncio, as sátiras
de Lucílio e o De Re Rustica, de Catão (o antigo).
Dos
antigos oradores, Crasso, Antonio, Hortensio, só restam os nomes, mas
Cícero, o grande Cícero deixou-nos o melhor da eloquência latina.
A
história é ilustrada por César e Salústio.
Varrão,
polígrafo erudito, foi um dos mais extraordinários de seu tempo.
Na
poesia, Lucrécio e Catulo são os dois principais poetas da época.
O
século de Augusto (44 a C. 14 d.C.) é o período clássico da poesia
latina com Virgílio, Horácio, Ovídio e Propércio.
A
prosa tem como seu máximo representante o historiador Tito Lívio.
Tácito
na história, Sêneca na filosofia, Lucano na poesia, Juvenal na sátira,
Marcial no epigrama e Petrônio no romance são os nomes maiores.
Há
que citar o poeta Estácio, o gramático Quintiliano, o naturalista Plínio
(o Antigo), o epistológrafo Plínio (o Moço) e o cronista Suetônio.
Devemos
citar, dentro da literatura latina entre os pagãos os escritores:
Apuleio, Claudiano, Aulo Gélio, Amiano Marcelino, Frontino, autores
da História Augusta.
Surge
depois o Cristianismo e com ele uma inspiração calorosa anima os
padres da Igreja Latina: Tertuliano, os Santos Hilário, Ambrósio,
Jerônimo e Agostinho, aos quais devem juntar-se Sulpício Severo Lactâncio,
Paulo Orósio, Cassiodoro e os poetas Prudêncio e Paulino de Nole.
Se
a literatura latina não foi tão brilhante como a grega, revelou
admirável forma de expressão e graciosidade de sentimento.
Foi
inspirada nos gregos e por isso foi-se intensificando o gosto artístico
que cada vez mais foi-se apurando.
Os
romanos assimilaram tudo da vida grega: hábitos, modos, religião
(mitologia pagã), as letras, ciências e artes, etc.
O
povo romano foi conquistador, legislador e político, mas nos deixou
mesmo assim nomes como Cícero, o mais eloqüente dos oradores
conhecidos, Virgílio o mais célebre de seus poetas. |