O
sétimo século depois da fundação de Roma (150 - 80 a.C.).
Durante
este período a literatura latina alcançou seu completo
desenvolvimento.
Cartago
fora destruída e a Grécia submetida.
O
grande número de gregos que foi para Roma contribuiu para fazer
triunfar seus costumes, pensamentos e sentimentos sobre a vida
nacional romana.
"Grecia
capta ferum victorem cepit." disse Horácio.
Aumentou
a imoralidade e mostrou seus efeitos perniciosos na guerra contra Numância
(cidade da Espanha que desafiou durante anos o poder de Roma), e
na outra contra Jugurta
(rei da Numídia).
As
representações dramáticas em grego se realizavam com freqüência.
Os
escritores, reconhecendo a superioridade daquela literatura, esforçavam-se
para imitar-lhe a correção, a elegância; pouquíssimos apenas, como
Lucílio, recusaram-se a
seguir os gregos nestas qualidades literárias.
Desde
145 a.C. eregia-se anualmente uma teatro grego completo de madeira: o
primeiro teatro estável de pedra foi construído por Pompeu
em 55 a.C..
Na
poesia predominavam composições
dramáticas; mas como as "paliatas" foram substituídas cedo
pelas "togatas", "atelanas" pelos mimos, é
evidente que os espetáculos populares assumissem, cada vez mais, o
caráter de farsas vulgares; as outras formas poéticas ficaram quase
abandonadas, mas a prosa, particularmente na história, na jurisprudência,
na oratória, fez progressos extraordinários.
POETAS
DO TERCEIRO PERÍODO
·
T. Quíncio Ata - nada se sabe de sua vida.
É,
como Afrânio, o mais importante escritor de "togatas".
Era
apreciado pela perícia em tratar caracteres femininos.
·
Lucio Afranio - superior mesmo a Ata, nasceu perto de 144 a.C..
É
notável não só pelo número de composições, mas também pelo
valor artístico das mesmas.
Suas
comédias foram representadas nos teatros de Roma até o tempo de
Nero.
·
C. Lucílio - nasceu em Sessa
Aurunca, na Campânia em 148 (a.C.), de família eqüestre: uma
irmã sua foi avó de Pompeu. Foi muito versado em literatura grega e
romana. Percebe-se, pelos fragmentos de seus trabalhos poéticos, que
teve amigos e inimigos.
A
única obra escrita por Lucílio
foi Saturae (30 livros).
Outros
poetas desta idade - Pórcio
Licínio, Q. Lutácio, Catulo,
etc., são autores de epigramas eróticos, de poucos méritos.
No
fim, dois poetas, L. Pompônio de Bolonha e Nóvio
adquiriram fama.
Podem
ser lembrados: Óstio (autor do poema Bellum
Histricum), Lévio (Carmen
e erótico) e outros.
PROSADORES
DO TERCEIRO PERÍODO
A)
Não houve abundância de bons oradores nos
primeiros 20 anos, embora alguns como Ségio Sulpício Galiba e M.
Lépido, fossem lidos e admirados por Cícero e Q. Metelo Macedônico.
B)
Já no tempo dos Gracos, e 133 a 119 a.C., pelo contrário, a oratória mostra seu
poder e Caio Graco foi o que mais se distinguiu. Mas não foi o único.
A)
Os historiadores dos primeiros 20 anos escreveram em latim. Os mais
conhecidos:
Cássio Hemina (Historiae)
L. Calpúrnio Pisão Frugi
Q. Fábio Máximo Serviliano (Annales)
Juristas:
M. Júnio
Bruto
P. Múcio Cévola
Quinato C. P. Lícínio Crasso
B)
De 133 a.C. a 119 a.C. tivemos:
C. Fanio
L. Célio Antípatre
P. Semprônio Aselião
Otávio Lampadião
C)
Até 100 a.C.
P. Rutílio Rufo
Q. Lutácio Cátulo
L. Helio Precocino Estilão (Estudos
Gramaticais)
A
oratória e a jurisprudênciasão representadas por C. Lélio, M. Antônio
e L. Licínio Crasso.
Historiadores:
C. Cláudio Quadrigário
Valério Anciate
Cornélio Sisena
C. Licínio Macrão
L. Cornélio Sila
L.
Licínio Luculo |