QUARTO SÉCULO DA ERA CRISTÃ

DA ABDICAÇÃO DE DIOCLECIANO AO DEFINITIVO DESDOBRAMENTO DO IMPÉRIO (305 – 395 d.C.).

Este século é caracterizado por dois grandes acontecimentos, o cristianismo tornando religião do estado, e Bizâncio feita capital do império com o nome de Constantinopla.

A vida do pensamento robustece, a retórica continua a ser cultivada, mas sem produzir notáveis frutos.

A gramática segue os caminhos do passado. A história (feitas reservas) é um intenso trabalho de compêndios, a poesia um artifício.

O imperador Constantino é protetor da cultura.

Os retóricos da desta época  são: Sulpício Vitor e C. Júlio Vitor.

A filosofia predominante é o Neoplatonismo, com sede em Atenas, tendo seguidores em Roma.

Além de Materno, também deve ser contado entre os neoplatônicos o C. Mário Vitorino, nascido na África foi retórico e gramático, depois de convertido dedicou-se a comentar as cartas de São Paulo.

-          Hélio Donato – retórico e gramático, discípulo de São Jerônimo.

-          Sexto Aurélio Vitor – compôs breves biografias dos imperadores de Augusto a Constancio.

-          Eutrópio – autor de epítome da história romana.

-          Sexto Rufo – ( breviarium).

-          Claudio Mamertino – orador.

Na segunda metade do século, surge um verdadeiro poeta, Rúfio Festo Avieno, procônsul da África (366) e da Acaia (372). Compôs em Roma a “Ora Marítima”, entre outros.

-          D. Magna Ausônio – mestre da gramática e de retórica, compôs vinte e seis epitáfios e cento e quarenta e seis epigramas.

-          Vecio Aquilio Juvenco – sacerdote espanhol, reduziu em hexâmetros os quatro evangelhos.

Do fim do século temos:

-          Q. Aurélio Símaco – nascido em 350 e morto em 420. Grande eloquência. “As Cartas” (10 livros).

-          Amiano Marcelino – nascido na Antioquia em 330. Estabeleceu-se em Roma, compôs trinta e um livros.

Gramáticos dos quais subsistem escritos importantes:

-          Sérvio Mauro Honorato – métricas.

-          T. Claudio Donato – comentário.

Escritores de matérias especiais:

-          Flávio Vegécio Renato – quatro livros.

-          Marcelo – chamado empírico.

Entre os pagãos (fim do século):

-          Claudio Claudiano – grande poeta épico.

-          Aviano – fabulista (42 fábulas).

-          Marciano Mineu Felix Capela – compilou uma espécie de enciclopédia.

-          Macróbio Ambrósio Teodosio – três obras.

Autores cristãos:

-          S. Ambrósio – bispo de Milão, natural da Galia, viveu de 340 a 397, considerado o maior caráter cristão da época, escreveu Cartas, Orações Fúnebres e Hinos sagrados.

-          S. Verônimo – doutíssimo defensor do cristianismo, pensador e dialético profundo, nasceu em Stridão. Versado em grego, hebraico, e latim, escreveu num convento perto de Belém.Traduziu o antigo e o novo testamento.

-          Turanio Rufino – contemporâneo e amigo de S. Jerônimo.

-          Aurélio Prudêncio Clemente – espanhol, o mais eminente poeta cristão da época.

-          Merônio Pôncio Anício Paulino – bispo de Nola.

-          Aurélio Agostinho – nasceu em Tagaste da Numídia. Foi educado em letras, levou uma vida dissipada, sendo mestre de retórica em Cartago (Roma), e enviado a Milão, sede episcopal de S. Ambrósio. Voltou à África, formou-se bispo de Ipona e morreu nesse cargo. Deu à teologia um impulso fantástico e combateu heresias. Entre suas obras chamam a atenção: Confessiones e De civitate Dei.

Sulpício – sacerdote contemporâneo de S. Agostinho.

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