Macunaíma

Mário de Andrade

Macunaíma é um índio da tribo tapanhumas, nascido "no fundo do mato virgem", que só falou aos seis anos, quando então exclamou: "Ai, que preguiça!" Sua indolência fazia com que Sofará, a mulher do irmão Jiguê, levasse-o para distrair-se na selva, onde se transformava em príncipe de olhos azuis, a fim de "brincar com ela".

Sensual e mulherengo, Macunaíma, que também era mágico, desvirgina Ci, a rainha das Icamiabas (as Amazonas brasileiras), tornando-se assim o "Imperador do Mato Virgem".

Com a morte de Ci e a perda do amuleto da boa sorte que lhe deixara, a Muiraquitã, Macunaíma e seus irmãos (Maanape e Jiguê) vão para São Paulo recuperar a pedra.

As aventuras do herói na cidade, e a reconquista da Muiraquitã que se encontrava nas mãos de um mascate peruano - Wenceslau Pietro Pietra - e a volta ao seu lugar de origem, onde morre seduzido pela Uiara, um monstro das águas disfarçado numa bela mulher, constituem algum dos episódios da obra.